A partir de 2026, milhões de brasileiros vão sentir um alívio direto no bolso: a nova lei sancionada pelo Governo Federal amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000 por mês.
É uma mudança importante, especialmente para trabalhadores CLT, autônomos, profissionais liberais e aposentados, mas que também exige atenção de empresários e sócios de empresas do Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real.
Neste artigo, você vai entender o que realmente muda, quem será beneficiado, os cuidados necessários e como transformar essa novidade em planejamento financeiro, e não em risco tributário.
O que muda: isenção até R$ 5 mil e descontos graduais
A proposta aprovada estabelece:
– Isenção total para rendimentos de até R$ 5.000 por mês
A partir de 2026, quem recebe até esse valor deixa de ter imposto retido na fonte ou devido na declaração anual.
– Desconto gradual para rendas acima de R$ 5 mil
Quem ganha entre R$ 5.000,01 e aproximadamente R$ 7.350 não terá mais o imposto cheio.
Haverá uma redução progressiva, evitando saltos bruscos entre faixas.
Essa estrutura cria mais justiça tributária e devolve ao contribuinte uma parcela do poder de compra perdido ao longo dos anos.
Quem realmente será beneficiado
A regra impacta de maneiras diferentes, dependendo da forma como a pessoa recebe seus rendimentos. Veja:
1. Trabalhadores CLT
Recebendo até R$ 5 mil por mês, passam a ter salário integral sem desconto de IR.
2. Autônomos e profissionais liberais
Desde que os rendimentos tributáveis mensais não ultrapassem o limite.
3. Aposentados e pensionistas
O impacto é direto: menos desconto, mais renda líquida disponível.
4. Pessoas com renda levemente acima do limite
O mecanismo de desconto gradual também reduz a carga tributária para quem ganha até cerca de R$ 7.350.
E para empresários e sócios? Aqui mora a atenção!
Muitos empreendedores já cogitam “aumentar o pró-labore para aproveitar a isenção”.
Mas é aqui que entra o alerta técnico:
. A isenção é para pessoa física e não para a empresa.
Ou seja, a empresa continua pagando seus tributos normalmente.
. Aumentar pró-labore pode aumentar a carga tributária da empresa
Sabe por quê?
- Aumentar pró-labore pode mudar o enquadramento do Fator R no Simples Nacional.
- Parte do que hoje é distribuído como lucro isento pode virar pró-labore tributado.
- Isso pode elevar alíquotas e custos trabalhistas.
Por isso, cada caso deve ser analisado individualmente, com apoio de um contador experiente.
Na prática: quanto você pode economizar?
Com a nova faixa de isenção, a economia pode chegar a centenas de reais por mês, dependendo da remuneração atual.
Exemplos comuns:
- Quem ganha R$ 4.000 hoje paga IR na fonte → a partir de 2026, deixará de pagar.
- Quem ganha R$ 5.800 verá o imposto diminuindo gradualmente.
- Já quem ganha acima de R$ 7.350 tende a manter tributação semelhante à atual.
O benefício é real, mas para aproveitar é importante entender a composição dos rendimentos.
Impactos no orçamento e no planejamento financeiro
A isenção pode:
Aumentar a renda líquida mensal
Mais dinheiro disponível para dívidas, investimentos e melhorias na rotina.
Dar margem para organizar a vida financeira
Ideal para iniciar ou reforçar reserva de emergência.
Criar oportunidade para reestruturar a empresa
No caso de sócios, pode ser um bom momento para reavaliar distribuição de lucros, pró-labore e enquadramento tributário.
Tudo isso deve ser feito com estratégia, não no impulso.
Como se preparar para 2026: passos recomendados
1. Simule seus rendimentos atuais e futuros
Projetar valores ajuda a entender o impacto real no bolso.
2. Revise pró-labore, distribuição de lucros e regime tributário
Empresários não devem alterar nada sem orientação profissional.
3. Organize documentos e comprovantes
Um bom histórico facilita a declaração e evita multas.
4. Planeje o uso da renda que será liberada
Quanto mais consciente, maior o benefício no longo prazo.
Conclusão: é uma ótima notícia, mas exige cuidado e planejamento
A ampliação da isenção do IR é um avanço importante e traz alívio imediato para grande parte da população.
Mas, como toda mudança tributária, exige análise técnica, atenção às particularidades de cada contribuinte e cuidado redobrado para quem é empresário.
A boa notícia?
Você não precisa navegar por isso sozinho.

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